O Ministério Público do Estado do Ceará requisitou a abertura de inquérito policial para apurar eventuais crimes ambientais cometidos no entorno do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti, onde acontece anualmente a ExpoCrato.
O pedido foi feito pela 6ª Promotoria de Justiça do Crato após o MP do Ceará receber denúncia de supressão vegetal e queima de árvores no local, que integra a Área de Relevante Interesse Ecológico (AIRE) Riacho da Matinha, unidade de conservação estadual.
Segundo o promotor de Justiça Thiago Marques, a supressão realizada recentemente pode ter sido feita de forma irregular para utilizar as áreas desmatadas como estacionamento durante a ExpoCrato.
O desmatamento fora das hipóteses determinadas na legislação pode configurar crime ambiental, com responsabilização cível e administrativa”, ressalta.
O Ministério Público também já requisitou informações sobre o plano operacional do trânsito e da segurança pública e privada da ExpoCrato, bem como se dará a fiscalização as áreas de estacionamento nas imediações do local.
Fiscalização da Expocrato
Desde abril, o MP do Ceará acompanha a organização da feira agropecuária e dos shows musicais que ocorrem durante o evento, programado para ocorrer entre 13 e 21 de julho. A 6ª Promotoria de Justiça e o Decon Crato já requisitaram todos os documentos que atestam o regular funcionamento das áreas de shows e exposições, tais como alvarás de funcionamento e sanitário, Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiros e Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos e Lançamento de Efluentes.
O órgão também requisitou informações sobre o plano operacional do trânsito e da segurança pública e privada da ExpoCrato, bem como se dará a fiscalização as áreas de estacionamento nas imediações do local. O Decon Crato acompanha, ainda, o respeito ao direito à meia entrada na área de shows, nos termos da Lei Federal n.º 12.933/2013 e das legislações estadual e municipal correlatas.