O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (COIN) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), deflagrou na manhã desta quinta-feira (24/11) a Operação Embrionária. O objetivo é cumprir cinco mandados de busca e apreensão na capital e na Região Metropolitana de Fortaleza. Os mandados foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e pela Vara da Auditoria Militar do Estado do Ceará e cumpridos com apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional (COPOL) da SSPDS e da Assessoria de Inteligência (ASINT) da Polícia Militar do Estado do Ceará.
Na operação, o GAECO busca investigar a existência de uma organização criminosa liderada por um policial militar e outro policial penal que conta com o auxílio de outros integrantes da Segurança Pública do Estado do Ceará e de narcotraficantes. O grupo criminoso, supostamente, busca identificar indivíduos envolvidos em ações criminosas para, posteriormente, obter vantagens ilícitas. Formado por policiais militares, um policial penal, um advogado e narcotraficantes, o grupo tem atuação em Fortaleza e Caucaia e é suspeito de envolvimento em crimes de extorsões, homicídios, roubos e de integrar organização criminosa. Além da prática dos crimes mencionados, o grupo também é suspeito de tentar dominar o tráfico de drogas, notadamente nos bairros Pirambu (Fortaleza) e Tabapuá (Caucaia).
Operação Embrionária
A “Operação Embrionária” teve início a partir de uma denúncia anônima enviada para a Coordenadoria de Inteligência (COIN) no ano de 2021. Desde então, várias diligências foram realizadas e estão sendo efetuadas pelo GAECO, em parceria com a COIN. Foi possível identificar, durante a investigação, o envolvimento de traficantes com policiais, que se estruturaram de forma organizada para realizar vários crimes, especialmente os de extorsão, organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e outras condutas correlatas. A operação foi centrada em uma das ações perpetradas por uma parte do grupo. Dessa forma, as investigações do GAECO, em parceria com a COIN, continuarão.