Duas mulheres afirmam que foram vítimas de crimes sexuais supostamente cometidos por um médico em Barbalha, na região do Cariri do Ceará. Em entrevista à TV Verdes Mares, ambas dizem que procuraram a Polícia Civil e registraram o boletim de ocorrência. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as denúncias de crimes sexuais são investigados pela Delegacia Municipal de Barbalha.
A paciente de 33 anos, cuja identidade será preservada, relatou que, durante o atendimento, ele trancou a porta do consultório e começou a fazer perguntas sobre sexo. Segundo a mulher, ele disse “que iria arrumar um namorado para ela”.
‘Me abraçou e começou a me beijar’
A segunda mulher que procurou a Polícia Civil para denunciar o médico é ex-colega de trabalho dele. A médica afirma que ambos trabalharam juntos no Hospital do Coração do Cariri, em Barbalha. Ela disse que, desde quando o cardiologista descobriu que ela estava solteira, começou a mandar mensagens pelo celular, até que, durante um plantão no hospital, em um momento de descanso, a vítima diz ter sido assediada.
“Eu estava lá no repouso, com as luzes apagadas, ele abriu a porta, não ligou a luz e foi direto para a cama. Ele deitou do meu lado e me abraçou, começou a beijar meu rosto. Eu, sem entender nada, coloquei a mão pro lado e perguntei se ele estava ficando doido. Ele saiu e eu fiquei meio atordoada sem saber o que tinha acontecido”, afirma.
A médica diz que procurou a direção do hospital, mas que nada foi feito em relação ao que aconteceu na sala que os profissionais usam para descansar.
“Assim que eu registrei o boletim, eu comuniquei para a direção do hospital. Quando fiquei sabendo que tinha mais casos, continuei comunicando. E ele continuava trabalhando lá normalmente. A tendência das pessoas é normalizar isso, eu que não fui dura o suficiente? Isso é um absurdo. E eu quero que outras mulheres tenham coragem para falar”, afirma.