O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira (4) que obras para construção de novas universidades e institutos federais estarão na lista de investimentos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Camilo deu a declaração em evento para anunciar a retomada das obras do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu (PR).
Na cerimônia, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro confirmou o investimento de R$ 600 milhões da Itaipu Binacional — sob comando brasileiro de Enio Verri — para concluir as obras do campus da Unila.
“Daqui a pouco, o presidente vai lançar o novo PAC e vai incluir novas instituições federais de nível superior para os estudantes deste país. Universidades e institutos federais”, afirmou o ministro.
Destaque no segundo mandato de Lula e no governo Dilma Rousseff, o PAC previa investimentos públicos e privados em projetos de infraestrutura no país.
De volta ao Planalto, o petista tem dito que relançará o programa. Ele tem indicado que o novo PAC deve ter a retomada de obras paradas, a aceleração das que estão em andamento e novos empreendimentos grandes áreas de investimento.
O ministro da Educação não disse, no entanto, quais obras vão integrar o novo PAC.
Ao discursar no evento, Lula voltou a defender a ampliação de investimentos em educação. Na avaliação dele, não tem “nada mais barato no mundo do que financiar um jovem”.
“Tomei a decisão de falar com o companheiro Enio [Verri], falar: ‘Enio, nós vamos recuperar essa universidade [Unila]. Nós vamos’. Porque não tem nada mais barato no mundo do que financiar um jovem, um jovem para ser médico. Quanto ele vai dar de lucro depois para o Estado, cuidando da saúde do povo. Um jovem para ser engenheiro. Quanto custa para um país formar um engenheiro diante de quanto o engenheiro pode devolver em conhecimento para este país”, disse.
“Não precisa ser doutor para saber dessas coisas. É só ter o mínimo de inteligência para saber que qualquer dinheiro que a gente colocar na educação vale a pena colocar porque é investimento. Este país pode ser o que a gente quiser, pode ser do tamanho que a gente quiser. A gente precisa ter capacidade para realizar os nossos sonhos”, acrescentou.
O presidente também declarou que se candidatou a um terceiro mandato para “provar que a gente vai fazer mais escolas técnicas, mais institutos federais e mais universidades”.