Um ônibus que trafegava irregularmente foi apreendido na Rodoviária de Juazeiro do Norte pela Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce). A apreensão ocorreu na última quinta-feira, 10, E de acordo com o órgão de fiscalização, esse tipo de ocorrência é frequente nas estradas do Ceará. Foi a 34ª operação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) este ano, destas 15 resultaram em retenção do veículo que roda através de aplicativo.
Muitas empresas ainda insistem em realizar transporte de passageiros sem estar devidamente cadastrada no sistema de transporte intermunicipal. Para explicar mais sobre o tema, a Rádio CBN Cariri entrevistou o presidente da Arce, Matheus Teodoro. Ao apresentador Farias Junior, ele contou sobre os motivos que levam um ônibus a ser interceptado e apreendido.
“Nós temos empresas como a Princesa, como a Guanabara e a São Benedito, que são empresas licitadas para exercer esse tipo de atividade. Por não estarem devidamente inseridos no sistema de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros aqui do Estado do Ceará, esses ônibus não podem realizar esse tipo de operação”, contou.
Ações de fiscalização do transporte clandestino
Neste ano, o Detran já realizou 34 ações de fiscalização de transporte intermunicipal, segundo o presidente da Arce. Dessas operações, 15 resultaram em apreensão de ônibus. Matheus Teodoro pede à população que não utilize esse tipo de veículo, uma vez que corre o risco de não chegar ao destino final.
“Temos uma preocupação até pedagógica de falar para população. Ao ocorrer uma apreensão de veículo, existe uma possibilidade real que os passageiros não iniciem ou não finalizem a viagem”, ressaltou.
A apreensão da quinta-feira, 10, foi realizada pelos agentes do Detran, os quais atuam em parceria com a Arce. A quantidade de passageiros no transporte não foi divulgada e o ônibus tinha como destino Fortaleza. Matheus explicou que as vendas de viagens por aplicativos são cada vez mais comuns. É feito um trabalho de rastreio nos aplicativos, em seguida, equipes se dirigem até os locais de embarque e desembarque, onde fazem uma fiscalização direcionada.
“Em paralelo a isso, também são realizadas blitz nas estradas do Estado do Ceará para verificar exatamente se está ocorrendo transporte clandestino ou não. Nós sabemos que estas vendas de passagens de ônibus, pela modalidade de aplicativo, tem aumentado. Inclusive também temos acompanhado aqui no Brasil como um todo, vários acidentes envolvendo esse tipo de transporte”, disse.
Caso o passageiro se sinta prejudicado por não chegar ao destino final, a Arce recomenda que as pessoas procurem se valer do Código de Defesa do Consumidor. O Procon pode resguardar e auxiliar as possibilidades da devolução dos valores pagos pela passagem.
Por: Site O Povo
Foto: Farias Junior