O Padre Kelmon cumpre agenda hoje em Juazeiro do Norte, onde participa de uma série de compromissos incluindo visita ao horto.
Em entrevista ao No Cariri Tem, o padre Kelmon afirmou que se inspira em Padre Cícero Romão Batista como modelo de atuação política e religiosa. “Padre Cícero Romão Batista, para mim, é um modelo de inspiração, como um sacerdote que esteve sempre ao lado do povo, das pessoas mais necessitadas, um homem de oração, um homem atento à necessidade das pessoas do seu tempo e, ao mesmo tempo, é um político”, declarou. Ele ressaltou a importância da política para ampliar o alcance das ações em favor da comunidade. “Quando você se aproxima da política e assume o mandato, então você tem as ferramentas que, como padre, você não tem, que é o dinheiro, que é o poder”, afirmou.
Atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), o religioso defendeu a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, argumentando que ele não teria cometido crimes que justificassem sua inelegibilidade. “Os motivos é que ele não teve, ele não cometeu nenhum crime para o tornarem inelegível”, declarou. Para Kelmon, a convocação de embaixadores, que levou à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi um ato dentro das prerrogativas do ex-presidente. “Convocou os embaixadores e era um dever do presidente, ele pode fazer isso, e anunciou certos assuntos ali. E, por conta disso, os ministros do STF acharam que ele cometeu algo que não deveria e caçaram a vida política do presidente Bolsonaro.”
Ele acredita que Bolsonaro poderá concorrer novamente em 2026, pois considera que o cenário político internacional pode favorecer uma reviravolta. “Os homens são movidos por conveniências. E as conveniências destes homens que tiraram a elegibilidade do presidente Bolsonaro, elas estão mudando, porque hoje nós temos um presidente norte-americano de direita”, afirmou. Segundo Kelmon, “muitos desses homens que praticaram esses atos ditatoriais estão na mira do governo norte-americano”, o que poderia levar à revisão da situação política de Bolsonaro.
Padre Kelmon também indicou que pretende disputar as eleições de 2026. “Eu planejo, porque o partido me quer como candidato”, revelou. Ele contou que recebeu incentivo do ex-presidente Bolsonaro: “Inclusive Bolsonaro me disse: ‘Padre, o senhor não pode ficar fora da política em 2026. O senhor precisa se candidatar'”. O religioso está avaliando se disputará uma vaga como senador ou deputado federal. “Estou aguardando apenas alguns detalhes para saber se eu sairei como candidato a senador, candidato a deputado federal. Sei que será uma dessas coisas, ou senador ou deputado federal”, concluiu.