A ‘Operação Concierge’, deflagrada nesta quarta-feira (28/8), mira uma organização criminosa responsável por golpes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. A quadrilha operava por meio de bancos digitais não autorizados pelo Banco Central, utilizando contas fraudulentas hospedadas em instituições financeiras legítimas.
A investigação revelou que a máfia, por meio de duas fintechs, oferecia contas clandestinas que permitiam transações ocultas no sistema bancário oficial. As contas eram anunciadas como seguras por serem “invisíveis” e protegidas contra bloqueios e rastreamentos. A movimentação chegou a R$ 7,5 bilhões, sendo utilizada por facções criminosas e empresas com pendências judiciais.
A Polícia Federal cumpre 10 mandados de prisão preventiva, 7 de prisão temporária e 60 de busca e apreensão nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A operação envolve 200 policiais e também determina a suspensão de 194 empresas ligadas ao esquema, bloqueio de R$ 850 milhões e outras medidas restritivas. Além disso, foram investigadas as sedes dos bancos que hospedavam as fintechs ilegais e não notificaram as transações suspeitas ao COAF.
Os envolvidos poderão responder por crimes como gestão fraudulenta, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, entre outros.
O nome “Concierge” faz referência à oferta de serviços clandestinos para ocultação de capitais, um dos principais métodos utilizados pela quadrilha na cidade de Campinas.