Em uma fiscalização de combate à comercialização ilegal de fósseis, a Polícia Militar do Meio Ambiente recuperou, nesta quarta-feira (27), dezenove peças fossilizadas encontradas em pedreiras na cidade de Santana do Cariri, no interior do Ceará.
Conforme a polícia, o material entregue espontaneamente por trabalhadores das pedreiras, por isso o caso não se trata de uma apreensão.
O combate ao tráfico de fósseis na região do Cariri é feito em parceria entre várias instituições, incluindo a Universidade Regional do Cariri, o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri e o Batalhão de Polícia do Meio Ambiente. Durante as ações, foram recolhidos fósseis de 14 peixes, quatro plantas e de um inseto.
Os materiais foram entregues ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri. De acordo com o diretor do museu, Allysson Pinheiro, após a entrega, os fósseis são identificados e acondicionados e posteriormente passam a ser objetos de pesquisa e de exposição. O objetivo é que as pessoas conheçam o grande patrimônio que existe na região.
“Essa ação é fundamental tanto para coibir o comércio ilegal de fósseis, quanto para visibilizar e reaver materiais. Mais de 260 fósseis já foram entregues pela Polícia Ambiental em mais de um ano de atuação”, afirmou o diretor.
A região é uma das três mais ricas do mundo na quantidade dessas peças. Especialistas afirmam que diversos exemplares de fósseis já foram retirados da região e só foram descobertos após divulgações científicas ou vendas em leilões fora do país.
Fósseis contrabandeados para França
Em maio deste ano, 998 peças do período cretáceo que estavam na França foram repatriadas ao Brasil. A negociação começou em 2013, quando os fósseis foram descobertos em um contêiner que saiu do país.
E neste ano a justiça francesa determinou a devolução dos fósseis ao Brasil após uma investigação ter confirmado a origem ilegal do material apreendido. Os fósseis serão enviados ao museu de Paleontologia de Santana do Cariri quando o processo de repatriação for finalizado. O museu reúne um importante acervo de registros geológicos do período Cretáceo presentes na região.
Fonte: G1