Convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuição Ceará, o diretor-presidente da concessionária, José Nunes de Almeida, explicou, durante oitiva realizada na tarde da quarta-feira (24), que o serviço prestado no Estado está sendo reestruturado por meio de um plano que inclui um investimento de R$ 4,8 bilhões pelos próximos três anos.
As medidas começaram a ser implementadas de imediato e têm o objetivo de satisfazer as necessidades dos consumidores. O planejamento inclui a contratação de aproximadamente 1.750 novos colaboradores para atuar principalmente na operação em campo até 2026. Apenas nesse ano serão admitidos pelo menos 450 novos profissionais e incorporados 120 novos veículos. Outra frente é a intensificação das manutenções preventivas, com a elevação do número de podas e a modernização da rede. Estão planejadas mais de 50 mil manutenções, cerca de 320 mil podas, além de inspeções em 90 mil pontos da rede elétrica em todo o estado.
O executivo da Enel compareceu à oitiva na condição de testemunha, munido de habeas corpus que garantia o direito ao silêncio e de não autoincriminação.
Sobre os problemas de interrupção ou instabilidade da rede durante os feriados e datas de grande movimentação, como o réveillon e o Carnaval, o diretor-presidente argumentou que estão sendo desenvolvidas ações para que os problemas relatados não se repitam.
“Estou pedindo desculpas aos clientes cearenses que foram afetados por algum transtorno originário da rede elétrica, mas, além disso, estou assumindo um compromisso em busca não do mediano, mas da excelência”, declarou.