Polícia Rodoviária Federal (PRF) lançou nesta semana a campanha de enfrentamento à importunação sexual, que ocorre por meio de gestos ou toques não consentidos de cunho sexual. O objetivo da PRF é orientar as mulheres sobre como o crime acontece e a importância da denúncia.
No ano passado, a PRF registrou 96 casos de importunação sexual nas rodovias federais. O índice representa quase o dobro de ocorrências em relação ao ano anterior, quando foram registradas 50 denúncias desse crime.
A unidade da federação com maior índice do crime, em 2023, foi o Rio de Janeiro, com 14 denúncias, seguido por Minas Gerais, com 12 registros e Distrito Federal, com 10 ocorrências. O estado de Goiás teve, no mesmo período, 5 denúncias de mulheres vítimas de importunação sexual.
Apenas em janeiro deste ano, a PRF registrou seis ocorrências de importunação sexual. O caso mais recente, em Goiás, aconteceu no dia 25 de janeiro, na BR-153, município de Uruaçu. A passageira de um ônibus contou relatou aos policiais que teria sido importunada por outro passageiro. O homem foi preso e encaminhado para a Polícia Civil.
As prisões também aumentaram, entre 2022 e 2023. O número de presos por suspeita de cometer importunação sexual subiu de 41 para 78, o maior índice de detidos desde 2020. São Paulo e Minas Gerais lideram a estatística, com 12 detenções cada, seguidos pelo Distrito Federal, com 10 suspeitos presos. Em janeiro de 2024, cinco suspeitos de importunar sexualmente mulheres nas rodovias federais foram presos.
Ações conjuntas
Em alguns estados, ações conjuntas entre a PRF e a Polícia Civil são desenvolvidas para conscientizar as passageiras sobre a importância do enfrentamento aos casos de importunação sexual. No Rio Grande do Sul, policiais rodoviários federais e policiais civis se uniram no enfrentamento à importunação. No ano passado, o estado registrou cinco casos de importunação sexual, quatro ocorrências a mais que no ano anterior.