A professora Maria Elly Krishna, da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Professor Moreira de Sousa, em Juazeiro do Norte, tornou público um relato grave nas redes sociais na última quinta-feira (3). Ela aponta a ocorrência de assédio moral, abuso de poder e intimidação por parte da direção da unidade escolar.
Convidada a participar de uma sessão da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, realizada na última terça-feira, 8, a educadora reforçou as denúncias feitas e alertou para a gravidade da situação: “Tem acontecido uma prática, que é uma prática reincidente, sistemática de assédio moral contra os professores daquela instituição, alunos e também funcionários.”
De acordo com Maria Elly, o comportamento relatado se encaixa nos parâmetros descritos pela Lei Estadual de 2011 sobre assédio moral: “Esse assédio moral, ele acontece na forma que, inclusive, é indicada na lei estadual […] na forma da invisibilização, da exclusão, da falta de resposta aos questionamentos, da intimidação, da humilhação, chacota pública.” Segundo ela, tais práticas estariam sendo promovidas “pela diretora atual, Nájila Kellen.”
As denúncias, segundo a professora, não são recentes. “Desde 2016, professores, alunos, responsáveis, funcionários terceirizados têm feito denúncias na ouvidoria da Seduc e também no Ministério Público. […] Mas o que tem acontecido desde 2016 para cá é que essas denúncias, elas têm sido encaminhadas pela Seduc para a Crede 19 e, ao chegar na Crede 19, elas são arquivadas.”
Maria Elly afirmou ainda que o cenário piorou após a campanha salarial dos professores em 2024: “Se intensificou esse quadro de perseguição, de intimidação, de assédio moral.” Como consequência direta desse ambiente, ela revelou que “ano passado, nós tivemos cinco professores, entre eles eu, diagnosticados com burnout, TAG e ansiedade.”