Um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa do Ceará estabelece que portadores de fibromialgia sejam considerados portadores de deficiência.
De autoria da deputada estadual Juliana Lucena (PT), o texto traz como justificativa o fato de que as pessoas acometidas pela doença devem ser consideradas possuidoras de impedimentos de longo prazo de natureza física, que podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com os demais indivíduos.
“Como a fibromialgia não tem cura, o tratamento é parte fundamental para evitar a progressão da doença, que, embora não seja fatal, implica severas restrições à existência digna do paciente”, completa a deputada.
Se aprovado pelos deputados cearenses, o projeto segue para sanção ou veto do governador Elmano de Freitas (PT).
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome de fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura, sintomas de fadiga, sono não reparador e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.
A patologia é um problema bastante comum, visto em pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório de clínica médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de reumatologia.