Cerca de 267 mil famílias deixaram de receber o Auxílio Gás, benefício que prevê o pagamento de botijões a famílias carentes, desde o começo do governo Lula. O Ministério do Desenvolvimento Social, que gere o programa, informou que houve uma atualização no cadastro e retirada de beneficiários que não tinham direito ao auxílio.
Em dezembro, o benefício era pago a 5,95 milhões famílias. Em abril, o número caiu para 5,69 milhões, uma queda de 4,4%. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação
O ministro Wellington Dias afirmou que a revisão cadastral é como a que ocorreu com o Bolsa Família.
“Nós tínhamos muitas pessoas que não preenchiam os requisitos. O vale-gás, na própria legislação aprovada pelo Congresso, ele estabelece uma meta que tem a ver com o tamanho da renda e muita gente com renda elevada estava recebendo. Nós estamos falando de um esforço de dinheiro do povo brasileiro”, explicou Dias.
O ministério afirmou que houve um acréscimo de 31,5% nos recursos destinados ao programa em relação ao que estava previsto no orçamento pelo governo passado, o que permitiu o pagamento a cada dois meses de 100% do valor do botijão de gás de cozinha para cada família. Até o ano passado, o benefício previa o pagamento de 50% do valor.
Como funciona o benefício
Criado em 2021 pelo governo federal, o Auxílio Gás tenta reduzir o efeito do preço do gás de cozinha no orçamento das famílias de baixa renda. Em abril, o custo com o programa foi de R$ 626,2 milhões.
Para ter direito ao benefício, é preciso estar inscrito no Cadastro Único e ter renda familiar mensal por pessoa menor ou igual a meio salário mínimo.
Cada família beneficiária recebe a cada dois meses o equivalente ao preço nacional de referência do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP) – em abril, o valor do benefício foi de R$ 110.
O pagamento pode ser acumulado com outros benefícios e auxílios, como o Bolsa Família, e é feito seguindo o mesmo calendário deste programa.
Por: G1