As articulações do PDT em torno de uma candidatura própria para o governo do Ceará ganharam força nesta última semana, após encontro de lideranças da sigla na sexta-feira (14), em Fortaleza. Na pauta: o planejamento da expansão do PDT e as conjunturas políticas e eleitorais.
O encontro contou com a presença do ministro da Previdência do Governo Lula e presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, além de José Sarto, do deputado federal e presidente nacional do PDT, André Figueiredo, e Roberto Cláudio.
Na oportunidade, Lupi fortaleceu o nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, para uma chapa majoritária nas eleições 2026. O passe livre do partido em torno do nome de RC não descarta receber apoio de partidos da direita em uma candidatura do PDT, mas ele deixou claro que a legenda não apoiará candidatos da direita.
“Com a direita nós não iremos. Ponto. Poder nos apoiar, aí é outra discussão. O piloto do caminhão tem que ser nós. Na boleia, pode vir quem quiser para ajudar a empurrar o carro”, declarou o ministro.
A fala destaca a insatisfação de Lupi com o apoio de RC à candidatura de André Fernandes (PL) para a Prefeitura de Fortaleza no 2º turno das nas eleições 2024:
“Acho que ele tomou uma posição errada naquele momento, mas ninguém está condenado aqui, não, nós não somos um tribunal de inquisição. Não vamos condenar, ‘a pessoa está condenada para sempre’, não existe isso”, e completou: “Jamais estaremos apoiando a extrema-direita no Ceará ou em qualquer outro estado. O torturado nunca ficará ao lado do torturador, como dizia Leonel Brizola. Temos linha de coerência e não vamos descaracterizar a nossa identidade. É decisão da Direção Nacional”.