O Senado incluiu a PEC da Transição na pauta desta quarta-feira (7) do plenário.
Isso não significa necessariamente que o texto já será votado na quarta. Antes, a PEC da Transição precisa ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
A proposta de emenda à Constituição é a aposta da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para viabilizar o pagamento de R$ 600 de Bolsa Família a partir de janeiro, além de R$ 150 adicionais por criança de até 6 anos.
Pelo Orçamento enviado pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso, o benefício mensal voltaria a ser de R$ 450 em 2023. Para dar o aumento e não descumprir regras fiscais, a equipe de Lula precisa da aprovação da PEC, que vai excluir o Bolsa Família do teto de gastos.
Lula e aliados gostariam de ver o texto aprovado nos próximos dias, já que o Congresso entra de férias pouco antes do Natal. Também é importante aprovar a PEC antes do Orçamento de 2023, que detalha receitas e despesas do governo no ano que vem.
Para conseguir a aprovação nas próximas semanas, a equipe de Lula e o próprio presidente eleito vêm intensificando negociações com o Congresso.
Depois de passar pelo Senado, a PEC ainda tem que ser aprovada na Câmara. Uma PEC, para ser aprovada, precisa dos votos de três dos deputados (ou seja, 308) e de três quintos dos senadores (49).
REUNIÃO ADIADA
Neste domingo (4), haveria uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Castro chegou a se dirigir para a residência oficial do Senado, local marcado, mas a reunião foi adiada para esta segunda-feira. Lira disse que estava aguardando líderes da Câmara, mas Pacheco tinha compromisso em seguida e não poderia esperar.
PONTOS AINDA EM ABERTO
Em ao menos três pontos da PEC ainda não há consenso no Congresso. É em torno deles que as negociações vão ocorrer para o texto ser votado. Os pontos em aberto são:
Fonte: G1