O ex-bancário e comerciante de automóveis em Juazeiro do Norte, Sérgio Brasil Rolim, volta ao banco dos réus nesta sexta-feira (25), acusado de ser o principal mentor da organização criminosa que praticava homicídios e estupros de mulheres na Região do Cariri, no interior do Ceará. O caso ocorreu em 2001 e ficou conhecido como “Escritório do Crime”.
Nos casos em que já foi condenado, Sérgio Rolim pegou 118 anos de prisão. Ele cumpre a pena em regime fechado. Apesar de todo o trabalho da polícia, do Ministério Público e da Justiça, há crimes que continuam sem desfecho e mortes que ainda não foram julgadas.
Sérgio Brasil Rolim é réu em outra ação penal que tem como vítimas Maria Aparecida Pereira da Silva e Vaneska Maria da Silva. Após ter sido pronunciado (decisão que submete o réu a julgamento pelo júri popular), a defesa dele ingressou com recurso em sentido estrito, requerendo a absolvição do acusado, bem como o afastamento das qualificadoras.
O recurso, encaminhado ao Tribunal de Justiça, foi julgado no último dia 17 de agosto. Na decisão, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal negou provimento ao recurso.
Sérgio Brasil Rolim foi condenado pelas seguintes mortes:
Ana Amélia Pereira de Alencar (julgado em 09/09/2005, Rolim foi condenado a 24 anos de prisão);
Edilene Maria Pinto Esteves (julgado em 06/11/2006, Rolim foi condenado a 28 anos de prisão);
Telma de Sousa Lima (julgado em 14/11/2008, Rolim foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão);
Ricardo Guilhermino dos Santos (julgado em 29/08/2005), Rolim foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão.
Rolim também foi condenado por estupros. No primeiro, a 12 anos de prisão; no segundo, a 14. As ações foram julgadas, respectivamente, em 2004 e 2005.
Nesta sexta-feira, o júri vai ouvir o que aconteceu com Maria Aparecida e Vaneska. Os corpos foram encontrados numa zona rural com marcas de violência sexual.
Fonte: G1