A sessão ordinária desta quinta-feira (3), na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, foi marcada por denúncias de suposta perseguição política a servidores municipais.
A aplicação de faltas – mesmo com a apresentação de atestados médicos – e o remanejamento de servidores são algumas das práticas apontadas pelos vereadores durante a plenária.
O tema tomou proporções maiores após a participação do servidor Carlos Elias. Da Tribuna da Câmara, ele denunciou suposta perseguição política contra servidores politicamente contrários ao gestor municipal.
O servidor relatou a aplicação de faltas no período em que esteve de atestado médico e até em datas com ponto facultativo.
“No dia de Corpus Christi foi ponto facultativo e só eu da [Secretaria] da Saúde que recebi falta. Estive internado no Hospital São Lucas e recebi falta. Estive na UPA do Limoeiro, entreguei o atestado direitinho, e recebi falta. Todos os meus atestados foram negados. São vários servidores municipais que passam por isso”, relatou Elias.
No Grande Expediente, o vereador Janu (Republicanos) disse que foi procurado por uma servidora concursada, que afirmou ter sido remanejada para um posto de trabalho a mais de 7 km da sua casa. A mudança no local de trabalho, segundo o vereador, também é motivada por questões políticas.
O presidente da Casa, vereador Capitão Vieira Neto (PTB), anunciou que vai acionar o Ministério Público e o sindicato dos servidores municipais sobre as denúncias recebidas pelo Legislativo.
Nossa equipe entrou em contato com a Secretária da Saúde, Francimones Rolim, para maiores esclarecimentos sobre as denúncias, mas não tivemos resposta até a publicação dessa reportagem.