O União Brasil oficializou nesta terça-feira (31) em Brasília a pré-candidatura do deputado federal Luciano Bivar (PE) à Presidência da República.
O União Brasil é resultado da fusão entre o PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (PL)se elegeu em 2018, e o DEM.
Presidente da sigla com mais recursos na corrida eleitoral de 2022 (nos cálculos do partido, o montante pode chegar a R$ 1 bilhão), Bivar teve o nome referendado pela Executiva Nacional do partido em abril.
Na ocasião, o União Brasil chegou a articular com MDB, PSDB e Cidadania o lançamento de uma candidatura única (veja mais abaixo), mas a sigla decidiu deixar o grupo e lançar uma “chapa pura”.
O evento de lançamento da pré-candidatura de Bivar chegou a ser suspenso por três vezes devido a problemas no fornecimento de energia elétrica. Durante a falha técnica, a transmissão também foi paralisada.
A presidente nacional do União Brasil Mulher, senadora Soraya Thronicke (MS), foi interrompida duas vezes por falhas no sistema de áudio, nas luzes cenográficas e no telão. Segundo ela, o evento passou por uma “falha técnica”. Depois das interrupções, que duraram cerca de dez minutos, o evento seguiu sem o telão de apoio.
Bivar foi orientado por membros da sigla a antecipar a fala para evitar novas quedas de energia. Em seu discurso, o pré-candidato defendeu que “nem esquerda, nem direita, é hora do União Brasil”. O deputado disse ainda que é “imperioso” a sigla apresentar um candidato nestas eleições.
“Nossa comissão executiva e nossa bancada entenderam que é imperioso apresentar um candidato nestas eleições. Seria uma covardia um partido do tamanho do nosso deixar uma sociedade que clama por mudanças e chora por suas mazelas sem esperança. Vivemos sob o medo, a falta de oportunidade e a ameaça de um golpe ou retrocesso”, disse Bivar.
A pré-candidatura de Bivar nasce, segundo Bivar, com o objetivo de ser uma opção entre a polarização dos primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
“Eu não acho justo que os brasileiros vivam espremidos em uma ameaça autoritária e outra populista. Não admito”, disse Bivar, em discurso.
O deputado também afirmou que continuará defendendo ideais liberais econômicos e democráticos, e de uma simplificação tributária. A defesa do tributo unificado está também em um jingle da campanha de Bivar e foi a proposta mais citada no discurso do pré-candidato.
“O imposto único vem para diminuir a mordida, para não aumentar essa mordida do leão. Será um imposto só e todos ganharão”, disse, acrescentando que a proposta prevê que trabalhadores que ganhem até R$ 6 mil não terão descontos. “Isso sem perder nenhum direito”, acrescentou.
Segunda tentativa
Se confirmada a candidatura neste ano, será a segunda vez que Luciano Bivar tentará se eleger presidente. Na primeira tentativa, em 2006, Bivar disputou pelo então PSL, à época como o candidato com maior patrimônio declarado.
Em entrevistas, dizia ter certeza de que alcançaria o segundo turno. Teve 62 mil votos e ficou com a última colocação no pleito, isso sem considerar Rui Costa Pimenta (PCO), que teve os votos anulados.
À época, em um perfil escrito por ele ao g1, Bivar disse que desejava se candidatar por estar “revoltado” e “indignado”. Defendeu a reforma tributária, com um Imposto Único Federal; a diminuição do Estado; e a manutenção de partidos pequenos.
Dezesseis anos depois, o deputado que a candidatura será focada na defesa de ideais liberais econômicos e democráticos, além da simplificação tributária, com o Imposto Único Federal.
Fonte: G1