O mandato de Damares Alves no Senado nem começou e já é alvo de um pedido público de cassação antes mesmo da posse, em 1º de janeiro de 2023. Até a tarde desta quinta-feira (13), o documento tinha quase 600 mil assinaturas.
O abaixo-assinado online é apoiado por personalidades como a atriz Patrícia Pillar, os jornalistas Xico Sá e Marcelo Tas e a apresentadora Xuxa Meneghel, que compartilhou o link em suas redes sociais na última terça (11).
Na descrição do pedido, a autora, Maria Christina Mendes Caldeira, destaca uma declaração dada pela ex-ministra no último sábado (8) sobre supostos crimes de violência sexual infantil no Pará e a acusa de ou cometer o crime de prevaricação ou de usar a fé alheia para promover a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.
DECLARAÇÕES POLÊMICAS
No sábado, ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em uma igreja da Assembleia de Deus Ministério da Fama, em Goiânia, Damares disse ter “descoberto” que crianças brasileiras, da Ilha de Marajó, no Pará, seriam mutiladas e violentadas para o abuso sexual.
“Se Damares fala a verdade, comete crime de prevaricação, pois poderia, ainda em seu mandato, evitar maus tratos às crianças e não o fez. Não houve denúncia às entidades competentes. (…) Se Damares mente, está usando a fé do povo em defesa de causa própria e de seu candidato. É necessário que a Justiça também esclareça o caso”, alega a petição.
Nesta quinta (13), o jornal Estadão analisou os relatórios apresentados por Damares para tentar comprovar as denúncias que fez e concluiu que não há provas do caso. O veículo verificou mais de duas mil páginas de documentos de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) enviados pela assessoria de Damares.
ELEIÇÃO
Damares foi eleita senadora pelo Distrito Federal, no domingo (2) com mais de 710 mil votos, o equivalente a 44,98% do total. Ela deve assumir cadeira no Congresso por oito anos, entre 2023 e 2030.
Fonte: Diário do Nordeste