O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (17), o segundo caso de varíola dos macacos no Rio Grande do Sul, o sétimo no país. Trata-se de um homem de 34 anos, residente de Porto Alegre, com histórico de viagens a países europeus.
A informação também foi confirmada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). O paciente apresenta quadro clínico estável, sem complicações. O paciente está em isolamento domiciliar. Ele e seus contatos são monitorados por equipes de saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, são quatro casos confirmados em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Outros nove casos seguem em investigação.
A confirmação se deu após divulgação do resultado do exame laboratorial no Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. O homem passou por atendimento médico nas últimas semanas e está sob acompanhamento. O caso havia sido notificado como suspeito na terça-feira (14).
O primeiro caso confirmado da doença no estado ocorreu no dia 12 de junho. O paciente é um homem de 51 que chegou a Porto Alegre após viagem a Portugal. Não há relação entre os dois casos, afirmam as autoridades sanitárias gaúchas.
Doença
A varíola, chamada de “monkeypox”, é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus, segundo a SES. Apesar do nome da doença, os macacos não são reservatórios e o surto atual não tem relação com os animais.
Os sintomas duram de duas a quatro semanas. Entre eles, estão feridas na pele, febre e inchaço dos gânglios (íngua no pescoço). Outros sintomas comuns são dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
A incubação do vírus dura de seis a 16 dias, podendo chegar a 21 dias, de acordo com a SES. A infecção possui sintomas bem similares à varíola humana, porém com baixas taxas de transmissão e de letalidade.
Pessoas com sintomas devem procurar um serviço de saúde para avaliação. O diagnóstico é feito por teste molecular ou sequenciamento genético, cujas amostras são enviadas para o Instituto Adolf Lutz, de São Paulo.
Casos de infecção do vírus têm sido relatados em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. Até pouco tempo, todos os casos fora da África eram casos importados de viajantes recentes à República Democrática do Congo ou à Nigéria. Já os casos comunicados em maio de 2022 são os primeiros casos autóctones, cuja via de transmissão ainda não se tem estabelecida ao certo.
Fonte: G1