Entrada por via terrestre
Para entrada por via terrestre, os viajantes deverão apresentar o comprovante de vacinação completa feita no mínimo 14 dias antes da entrada no país ou teste RT-PCR negativo feito 72 horas antes da entrada no Brasil ou teste negativo de antígeno realizado 24 horas antes da entrada.
Essa regra não vale para moradores de cidades-gêmeas (aquelas divididas por fronteiras, como Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai), transportadores de carga, viajantes que vêm do Paraguai e pessoas em situação de vulnerabilidade ou afetadas por crises humanitárias.
Pessoas que não são elegíveis para serem vacinadas, segundo os critérios do Ministério da Saúde, estão dispensadas de apresentar o comprovante de vacinação.
Reabertura das fronteiras
Nesta quinta-feira (9), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre a portaria ao chegar ao ministério, em Brasília.
“As pessoas não podem ser discriminadas entre vacinadas e não vacinadas. É por isso que a portaria estabelece alternativas pra quem livremente optou por não aderir a uma política ou outra que é ofertada pelo SUS”, disse o ministro.
A pasta também anunciou que os aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Brasília terão postos de vacinação contra a Covid-19.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alex Machado Campos, afirmou ao blog da Ana Flor que a exigência de quarentena para viajantes não vacinados mostra que a vacina “torna-se o eixo da nova política de fronteiras” do país.
Para o diretor, na prática, o que deve ocorrer é um desestímulo para que viajantes não vacinados entrem no Brasil.
“No modal aéreo, onde há grande sensibilidade, a vacina passa a ser o principal instrumento. Para o viajante, é muito mais prático, mais barato e duradouro portar o certificado de vacina. Do contrário, dependerá de quarentena e teste, submissão a eventual fiscalização do estado, risco de adoecimento, um verdadeiro ônus para o viajante”, afirmou.
A agência vinha defendendo que o governo adotasse um passaporte da vacina, mas o governo Bolsonaro resistiu. No fim de novembro, a Anvisa publicou uma recomendação à Casa Civil.
Em nota desta quinta-feira (9), a agência afirmou que “a adoção do comprovante de vacina como ferramenta para controle de entrada de viajantes” é uma medida que “alinha o Brasil a um movimento de alcance global e pavimenta caminho para uma política de fronteiras guiada pela segurança sanitária“.
Acrescentou, entretanto, que “a previsão de política de testagem antecipada para não vacinados é medida ao alcance e de competência do Ministério da Saúde, mediante avaliação do contexto epidemiológico; medida que deve ser monitorada para avaliação dos seus eventuais impactos”.