A taxa de julho representa queda de 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em abril.
Na mínima da série histórica, registrada em 2014, a taxa chegou a 6,5%.
O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57%, queda de 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em abril. Em relação ao mesmo trimestre de 2021, a redução é ainda maior: 4,1 pontos percentuais.
“É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy.
Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012.
Principais destaques da pesquisa
- Desemprego caiu para 9,1%, menor índice da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015
- Número de desempregados recuou para 9,9 milhões de pessoas
- Contingente de pessoas ocupadas bateu recorde: 98,7 milhões
- População subutilizada caiu para 24,3 milhões de pessoas
- Pessoas fora da força de trabalho caíram para 64,7 milhões de pessoas
- População desalentada (que desistiu de procurar trabalho) caiu para 4,2 milhões
- Taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada
- Número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões
- Número de empregados sem carteira assinada foi o maior da série: 13,1 milhões
- Número de empregados com carteira de trabalho assinada subiu para 35,8 milhões
- Trabalhadores por conta própria atingiram 25,9 milhões de pessoas
- Número de trabalhadores domésticos ficou em 5,8 milhões de pessoas
- Número de empregadores foi de 4,3 milhões de pessoas
- Rendimento real habitual ficou em R$ 2.693 – apesar da alta em relação ao trimestre anterior, ainda acumula queda no ano
Precariedade do mercado de trabalho
A população ocupada chegou a 98,7 milhões de pessoas, o maior nível da série histórica da pesquisa, em 2012.
Os dados do IBGE, no entanto, mostram a fragilidade desse crescimento: o número de trabalhadores informais foi o maior da série, ficando em 39,3 milhões, 559 mil a mais que no trimestre encerrado em abril. Já a taxa de informalidade ficou em 39,8% da população ocupada.
Fazem parte dessa população informal os trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.
‘Sem carteira’ batem recorde
O número de empregados sem carteira assinada chegou a 13,1 milhões, maior número desde o início da série histórica, em 2012. O crescimento foi de 4,8% no trimestre (mais 601 mil pessoas) e 19,8% (2,2 milhões de pessoas) no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) também subiu: 1,6% contra o trimestre anterior, alcançando 35,8 milhões.
O número de trabalhadores domésticos ficou em 5,9 milhões de pessoas, alta de 4,4% frente ao trimestre anterior e de 14,1% (mais 718 mil pessoas) no ano.
Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, crescimento de 1,3% (326 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 3,5% (mais 872 mil pessoas).
O número de empregadores cresceu 3,9% no trimestre (mais 162 mil pessoas), ficando em 4,3 milhões de pessoas, e 16,2% (597 mil pessoas) no ano.
O número de empregados no setor público (12 milhões) cresceu 4,7% no trimestre e 5,1% no ano.