O presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (30), a um dia do fim do seu mandato, e embarcou no avião presidencial. O avião decolou no início da tarde e deixou Brasília.
Há uma expectativa de que Bolsonaro vá para a Florida, nos Estados Unidos.
O presidente, que desde que perdeu a eleição, em 30 de outubro, tem ficado recluso na residência oficial, deve passar o mês de janeiro hospedado em hotel do aliado e ex-presidente norte-americano, Donald Trump.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomará posse no domingo (1º). Com a viagem, Bolsonaro deixa claro que não vai passar a faixa presidencial para Lula no evento da posse.
Na manhã desta sexta, no “Diário Oficial da União”, o governo publicou uma autorização para que servidores públicos que vão ser assessores de Bolsonaro quando ele deixar a Presidência acompanhem o presidente na viagem aos Estados Unidos.
Última live
Mais cedo nesta sexta, Bolsonaro fez a última live do mandato. O presidente condenou atos de terrorismo cometidos por apoiadores dele e fez um balanço dos quatros anos de sua gestão.
Logo no início de sua fala, ele comentou o caso do homem que plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal.
O presidente se queixou de que atitudes de violência política no país são sempre atribuídas a “bolsonaristas”.
No entanto, George Washington, o homem preso pela bomba, relatou à polícia que participou de atos antidemocráticos realizados por apoiadores do presidente. Disse ainda que sua intenção era iniciar o “caos” e que agiu por motivação política. A bomba não chegou a explodir.
“Hoje em dia, se alguém comete, um erro é bolsonarista. Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto”, afirmou o presidente.
“O elemento que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação, mas classificam como bolsonarista. É o modo de tratar”, completou.
O presidente também comentou os acampamentos de apoiadores em frente a quartéis-generais do Exército em cidades do país. Os acampamentos fazem pedidos inconstitucionais, como intervenção militar e reversão do resultado das eleições.
Fonte: G1