O Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realiza, no próximo dia 28 de fevereiro, a primeira edição do Simpósio de Doenças Raras da unidade. Aberto ao público de profissionais de saúde, o evento tem como objetivo elucidar informações sobre patologias raras tratadas no hospital e apresentar protocolos institucionais de conduta.
Certificação
O termo “doença rara” se refere a patologias que afetam menos de 65 pessoas a cada 100 mil. Em março de 2023, o HGF foi certificado como Centro de Atenção Especializada em Doenças Raras pelo Ministério da Saúde. A resolução garante suporte financeiro a equipamentos de saúde que atendem doenças raras. Atualmente, 35 instituições são beneficiadas em todo o País. No Ceará, também são certificados o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da Rede Sesa, e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), equipamento federal.
Como unidade referência em alta complexidade, o HGF, historicamente, já atende diversas doenças raras em suas especialidades médicas. “A única diferença é que agora podemos ter um suporte maior para focar nessa linha de cuidado. É o que chamamos de financiamento de ação estratégica, uma das políticas que o Ministério da Saúde vem investindo nos últimos anos”, ressalta Milena Pitombeira, neurologista do HGF.
“Isso possibilita a melhora do atendimento, inclusive com a ampliação da equipe multiprofissional, que vai poder atender o paciente de forma mais integral”, acrescenta o médico clínico do HGF Eberson Cruz.
Pacientes neurológicos
Atualmente, três ambulatórios do serviço de Neurologia já oferecem acompanhamento ambulatorial com equipe multiprofissional. São os ambulatórios de doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, distúrbios do movimento e doenças neuromusculares. Apenas o serviço de Neurologia do HGF atende, de forma regular, cerca de mil pacientes com doenças raras, anualmente. Os pacientes são encaminhados via Central de Regulação.
A primeira aquisição do hospital com o apoio da política do MS é a contratação de uma médica geneticista. A intenção é poder atender de forma integral as doenças raras de todas as subespecialidades da unidade.
“O evento, portanto, vem com o objetivo de apresentar a todos os profissionais do HGF a política de um Centro de Atenção Especializada em Doenças Raras, o papel da geneticista no cotidiano da unidade e os fluxos das doenças que já tratamos. Isso vai possibilitar que a gente receba os pacientes de forma mais assertiva para o diagnóstico e tratamento”, pontua Pitombeira.
Com apoio educacional da Universidade de Fortaleza (Unifor), o Simpósio de Doenças Raras do Hospital Geral de Fortaleza acontece no Auditório Principal do HGF, no próximo dia 28 de fevereiro.