O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (27) que o Governo Federal está propondo mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo. Com isso, o valor em 2025 será de R$ 1.515, R$ 6 a menos do que seria estabelecido pela regra atual. Apesar disso, o governo garante que o aumento continuará acima da inflação, mas “de forma sustentável e dentro da nova regra fiscal”.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412. Pela regra vigente, o valor seria ajustado para R$ 1.521 em 2025. No entanto, a nova proposta limita o ganho real ao teto de 2,5% anual, vinculando-o ao arcabouço fiscal.
Como será calculado o salário mínimo?
A fórmula do reajuste combina dois fatores:
Inflação acumulada (INPC): estimada em 4,66% até novembro de 2024;
Crescimento do PIB: 2,9% em 2023.
A limitação do aumento real ao teto de 2,5% impactará os valores futuros, representando uma economia estimada em R$ 2,2 bilhões para o governo em 2025 e R$ 9,7 bilhões em 2026.
Mudança impacta benefícios e despesas públicas
O salário mínimo não serve apenas como base para os trabalhadores do setor privado. Ele também é usado como referência para aposentadorias e programas sociais, sendo um dos maiores componentes das despesas obrigatórias do governo federal.
“Já devolvemos ao trabalhador e à trabalhadora o ganho real no salário mínimo. Esse direito, esquecido pelo governo anterior, retornou com o presidente Lula”, destacou Haddad, defendendo a proposta.