A eleição municipal de Fortaleza se consolida como uma das mais importantes e disputadas do Brasil no segundo turno, marcado para este domingo, 27 de outubro.
De um lado, Evandro Leitão (PT) se apresenta com o apoio de lideranças expressivas, como o presidente Lula, o ex-governador Camilo Santana e o atual governador Elmano de Freitas.
Do outro, está André Fernandes (PL), deputado federal e um dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, recebeu o apoio direto do ex-candidato Capitão Wagner (UNIÃO) e do ex-prefeito da capital cearense, Roberto Cláudio (PDT).
André ganhou projeção nas redes sociais, consolidando-se como uma figura polêmica e de declarações marcadas pela oposição aos ideias de esquerda no país.
Em disputa inédita no cenário municipal, a eleição deste ano é marcante por vários fatores. O prefeito em exercício, José Sarto (PDT), não conseguiu chegar ao segundo turno, rompendo uma tradição de continuidade nas gestões municipais. Pela primeira vez, desde que a reeleição foi instituída no Brasil em 1997, um prefeito não consegue reeleição em Fortaleza.
A disputa entre Evandro Leitão e André Fernandes representa mais do que um embate local: é o reflexo da polarização política nacional, com PT e PL frente a frente, reproduzindo no Ceará a mesma disputa que se desenrola em nível federal.
Fortaleza é a única capital nordestina onde essa polarização se manifesta de forma tão explícita. Segundo levantamentos recentes do Datafolha e outros institutos, ambos os candidatos aparecem em empate técnico, evidenciando uma das eleições mais acirradas do Nordeste. O cenário é incerto e demonstra um eleitorado dividido, que será decisivo para definir os rumos da capital para os próximos quatro anos.