Na manhã desta quarta-feira (26), os servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e da Universidade Federal do Cariri (UFCA) realizaram assembleias organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE). Ambos os encontros aprovaram a deflagração do estado de greve, seguindo a orientação da Plenária Nacional da FASUBRA, realizada em Brasília entre os dias 14 e 16 de março.
A mobilização acompanha o movimento nacional da categoria, que indicou 1º de abril de 2025 como data oficial para o início do estado de greve. De acordo com Wagner Pires, coordenador-geral do SINTUFCE e servidor TAE da UFCA, a decisão representa um posicionamento contra a falta de avanços no cumprimento do acordo firmado com o governo federal.
“Companheiras e companheiros da base do SINTUFCE deliberaram e aprovaram iniciar o estado de greve no dia 1º de abril. Conhecido como o dia da mentira ou dia dos tolos, esse estado de greve é justamente para que o governo não nos faça de tolos, e nem que o acordo de greve se torne uma grande mentira. O tempo não para. Todos sabemos disso, mas o governo insiste em ficar enrolando. Mas uma categoria que não deixa de lutar, não aceita mais enrolação. Mostrar ao governo nossa disposição de lutar e seguir pressionando pelo cumprimento integral do acordo esteve e estará sempre na ordem do dia do SINTUFCE e de suas bases aguerridas”, afirma Pires.
Além da adesão ao estado de greve, a assembleia da Unilab também deliberou por uma paralisação no dia 28 de março, em consonância com a estratégia definida pela FASUBRA. A data coincide com reuniões entre sindicatos e o governo federal, permitindo que os servidores acompanhem e realizem protestos durante as negociações.
No entanto, a reunião prevista para o dia 28 de março entre a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira TAE do Ministério da Educação (CNSC-MEC) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) foi cancelada pelo governo sem justificativa e sem nova data definida. O cancelamento gerou forte insatisfação entre os servidores, que consideram a negociação essencial para garantir avanços nas reivindicações da categoria.