O governador Camilo Santana (PT) afirmou, nesta sexta-feira (28), que o estado do Ceará apresenta estabilidade de casos confirmados de Covid-19 com tendência de queda. O cenário da pandemia nesta terceira onda da doença foi atualizado pelo gestor e pelo secretário da Saúde, Marcos Gadelha, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Eles alertaram, contudo, que os números continuam altos e estão sendo avaliados semanalmente pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia. Segundo o secretário, três pontos indicam a estabilidade e a tendência de queda:
- Diminuição da positividade de exames realizados;
- Redução no número de casos diários;
- Queda na demanda por atendimento de síndromes gripais nas unidades de saúde.
“Já se identifica uma estabilidade em casos [de Covid-19] com tendência de queda, isso mostra que os casos de ômicron estão começando a se estabilizar e cair. E também, principalmente, reduzindo a gravidade dos casos”, afirmou Camilo.
Positividade
Segundo Marcos Gadelha, um índice que aponta para a estabilidade e tendência de queda de casos de Covid nesta terceira onda é a redução dos casos positivos diários em exames para detecção do coronavírus.
“Nas últimas semanas, tem reduzido a positividade dos exames realizados. De cada 100 exames, 48,5% são positivos. Ainda é [um índice] alto, mas vem mostrando uma evolução de que isso vem diminuindo”, ressaltou. Durante a terceira onda da pandemia no estado, a positividade chegou a ultrapassar 60%, ou seja, seis em cada 10 pessoas que faziam o teste, recebiam o diagnóstico positivo.
Redução de casos diários
Conforme Gadelha, o Ceará já atingiu o pico de casos de Covid e isso ocorreu de forma mais rápida do que nas outras duas ondas. “[Na terceira onda], a gente teve um grande número de casos, equivalente ao número de casos da segunda onda, mas isso acontecendo num espaço de tempo muito curto”.
O outro fator considerado preponderante para afirmar que há estabilidade nos casos de Covid-19 é a redução na demanda por atendimento nas unidades de saúde públicas do estado e na capital, Fortaleza. Os dados se referem especialmente às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e aos postos de saúde.
“Os atendimentos nas UPAs de Fortaleza vêm diminuindo gradativamente. Hoje a gente tem uma média de 380 pessoas atendidas, mas chegou a ter 1.209 atendidas. Nas Unidades Básicas de Saúde, a proporção de pessoas também tem diminuído. A gente chegou a ter 3.283 pessoas atendidas [em um dia], agora está na faixa de 1.413 pessoas”, disse o secretário.
O governo ainda apresentou uma tabela que mostra a quantidade de atendimentos em UPAs de Fortaleza e o número de solicitações de transferência para leitos de enfermaria ou UTI, o que representa a necessidade de acompanhamento em casos mais graves da doença.
A redução entre a primeira onda e a terceira foi de 82% na demanda.
De acordo com o secretário, o sistema de saúde estadual conseguiu reter o número de pessoas doentes por causa da vacinação contra a Covid-19, pois, proporcionalmente, a quantidade de pacientes com necessidades de leitos de atenção foi menor.
Enquanto 25 em cada 100 pessoas que iam às UPAs precisavam de transferência durante a primeira onda, apenas 5 em cada 100 precisaram ser transferidas durante a terceira onda. “Esse dado das UPAs mostra exatamente o que significou as pessoas estarem vacinadas nessa nova onda da ômicron no Ceará”, disse o governador.