O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Ceará formalizaram, nesta quarta-feira (21/8), um acordo no valor de R$ 251,6 milhões para a implementação da iniciativa Sertão Vivo. O projeto visa melhorar o acesso à água na produção rural e criar Sistemas Produtivos Resilientes ao Clima em 72 municípios cearenses que enfrentam vulnerabilidade social, climática, hídrica ou alimentar.
A expectativa é que a iniciativa beneficie aproximadamente 63 mil famílias de agricultores familiares, totalizando cerca de 250 mil pessoas. O Sertão Vivo é uma colaboração entre o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), da Organização das Nações Unidas (ONU), com foco em projetos para o semiárido nordestino. Ao todo, serão investidos R$ 1,8 bilhão em municípios de todos os estados do Nordeste, alcançando cerca de 2 mil pessoas. O contrato para o Ceará foi discutido durante uma reunião entre a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e o governador Elmano de Freitas, na sede do Banco, no Rio de Janeiro.
O financiamento para o projeto é composto por uma parte reembolsável e outra não reembolsável. No Ceará, dos R$ 251,6 milhões aprovados, R$ 212 milhões são na forma de financiamento, enquanto os R$ 39,6 milhões restantes são não reembolsáveis. Os recursos serão usados para implementar sistemas de produção adaptados ao clima, como quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga, além de construir reservatórios de água, como cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens subterrâneas.
O governador Elmano de Freitas expressou seu agradecimento ao BNDES, destacando a importância do edital para todos os estados do Nordeste. “Eu queria muito agradecer ao BNDES, primeiro pelo edital para todos os estados do Nordeste, ajudando todas as agricultoras e agricultores familiares para que a gente possa cada vez mais desenvolver práticas de convivência com o semiárido, aumentando a renda e as oportunidades para o nosso povo”,
As ações do projeto estão alinhadas com as diretrizes do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 e o planejamento de longo prazo do estado (Ceará 2050), que enfatizam a redução da pobreza rural, o acesso à água, a melhoria das condições de vida dos agricultores familiares, a inclusão socioeconômica e a sustentabilidade ambiental.