O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou zero vírgula onze por cento em janeiro, abaixo do zero vírgula trinta e quatro por cento de dezembro de dois mil e vinte e quatro. Esse resultado é o menor para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em mil novecentos e noventa e quatro. Em janeiro do ano passado, o índice foi de zero vírgula trinta e um por cento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta sexta-feira, dia vinte e quatro. No acumulado de doze meses, a inflação soma quatro vírgula cinco por cento, no limite da meta estabelecida pelo governo. Os preços subiram em menor ritmo, mas os alimentos e as passagens aéreas exerceram pressão sobre o índice. Por outro lado, a conta de luz teve redução, impactando o grupo habitação.
Dados do IBGE mostram que oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta no mês, com destaque para alimentos e bebidas, que registraram aumento de 1,06%. Esse grupo teve o maior impacto no índice geral, representando 0,23 ponto percentual (p.p.) da inflação. A influência dos alimentos no aumento dos preços tem sido tema de debate entre membros do governo.
Entre os alimentos, os maiores responsáveis pela alta foram a refeição fora de casa, que subiu 0,96% (0,04 p.p.), o café moído, com aumento de 7,07% (0,03 p.p.), e o tomate, que apresentou alta de 17,12% (0,03 p.p.).
Os transportes foram o segundo grupo com maior impacto, com crescimento de 1,01% no período e contribuição de 0,21 p.p. para o índice inflacionário, reforçando o peso do setor no custo de vida.